terça-feira, 23 de abril de 2013

Confusão

Não adianta tentar!
Podem retorcer,
Extorquir,
Espremer o quanto quiserem. 
Existem dias que da cabeça nada sai,
Muito menos, entra.

É um emaranhado de pensamentos,
Desconexos,
Dispersos,
Enlouquecidos...
Tudo está a mil.
Dúvidas,
Vontades,
Medos...
E assim o dia passa e nada produzo.

Deito-me com a cabeça no travesseiro,
Olho para o teto,
Para as paredes,
A cortina... Uma mosca que voa sem rumo. 
Nada acontece,
O sono não vem,
Olho para trás e vejo que nada fiz.  
A inquietude persiste em assolar meu peito.
O que fazer?
Como controlar os pensamentos?
Os medos?
As angústias?
Ou melhor,
Como fazer para voltar a pensar e produzir?

Um dia após o outro.
Não há segredos.
Hora dessas o saber fala mais alto,
As atitudes voltam para as ações,
A produção é retomada,
As noites bem dormidas,
Sonhos,
Flores,
Belo amanhecer...

É um ciclo,
De altos,
Baixos,
Rápidos,
Lerdos,
Inconstantes,
Dinâmicos pensamentos...
E assim vivemos,
Produzimos,
Deixamos de produzir,
Retomamos e assim prosseguimos.
É a vida,
Que segue,
Que atormenta,
Que satisfaz,
Que está pronta para nos fazer viver...
Não adianta tentar trapacear,
Cada dia um dia para a vida seguir.

Um passo de cada vez,
Um pensamento por hora,
Uma atitude para cada momento...
E assim vivemos,
Tristes,
Felizes,
Injustiçados,
Vitoriosos,
Amargurados,
Eufóricos,
Só vivemos...

Existem dias,
E dias,
E momentos,
E vontades,
E preguiça,
E de tudo um pouco...

Não adianta insistir,
Na vida nada está programado,
Tudo está espalhado por aí...
Cabe a nós juntar aquilo que nos faz bem,
Que nos permite produzir, reproduzir, criar, recriar,
Enfim,  
O que nos faz viver, bem viver, bem produzir para a vida encarar. 

Abraços,
Rubens Staloch

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